Readmissão de todos os ferroviários

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Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Operários de empresa brasileira entram em greve de fome na Venezuela

Trabalhadores exigem da Consilux e do governo venezuelano o pagamento de salários e benefícios atrasados

BBC Brasil | 01/06/2011 00:24 

Dez operários da empreiteira brasileira Consilux estão em greve de fome há uma semana em frente à Embaixada do Brasil em Caracas para exigir da empresa e do governo da Venezuela o pagamento de salários e benefícios atrasados. A Consilux paralisou, no ano passado, a construção de 1.032 casas de um complexo habitacional em Cidade Bolívar, no Estado de Bolívar. Apenas 346 casas foram concluídas.
Desde esse período, os trabalhadores argumentam que estão parados e sem receber parte do salário atrasado e outros benefícios previstos pela legislação venezuelana. "Exigimos uma solução, todos temos família para sustentar", disse à BBC Brasil Yunior Valcenas, 26 anos, um dos grevistas.
Valcenas responsabiliza o governo pela situação. "Foi o governo que contratou essa empresa, e eles (Consilux) dizem que não recebem recursos para terminar a obra", disse. "Se eu sou chefe de família, sou responsável pelo o que acontece na minha casa, do mesmo jeito o presidente (Hugo Chávez)", acrescentou.
 Valcenas e os demais grevistas se protegiam da chuva sob uma lona preta nesta terça-feira. De acordo com Pablo Marrero, representante dos trabalhadores, a dívida da Consilux com os 576 operários que trabalhavam na obra alcançava, em outubro do ano passado, 176 milhões de bolívares (equivalente a pouco mais de R$ 64 milhões). "Na crise de moradia em que estamos o que precisamos é mais construções, não obras paradas", disse Marrero.
O representante da Consilux na Venezuela, Espartano da Fonseca, admite que a empresa deve aos trabalhadores, mas argumenta que depende do repasse das verbas do governo para poder saldar a dívida com os operários. "Temos de receber do governo para poder pagar os trabalhadores", disse. "O orçamento já foi aprovado e isso deve ser liberado rapidamente."
De acordo com a Consilux, a dívida do governo com a empresa é de 300 milhões de bolívares (equivalente a R$ 109 milhões). Isso inclui a cota que a empresa deve aos trabalhadores. O restante, de acordo com Fonseca, seria destinado para finalizar as obras que foram paralisadas em Ciudad Bolívar.
Projetos
A Consilux foi contratada pelo governo venezuelano em 2006 para construção de 5.850 casas, em seis projetos habitacionais diferentes. Cinco deles foram paralisados. O único contrato cujo projeto ainda estaria vigente, de acordo com a Consilux, é o da Ciudad Bolívar. "O governo já nos sinalizou que devemos retomar as obras rapidamente, em vista da necessidade que há no país (de construção de mais moradias)", afirmou Fonseca.
Procurado pela reportagem, o Ministério de Habitação venezuelano não respondeu ao pedido de entrevista. A situação desses operários é precária e contrasta com outras greves de fome organizadas em frente à Embaixada do Brasil - que se tornou ponto preferido de grevistas de todo tipo. Uma das trabalhadoras que apoia o protesto pedia dinheiro a motoristas que circulavam em frente ao acampamento para suposta compra de soro e água. Um banheiro foi improvisado no meio da calçada com papelão.
Em greves de fome anteriores, organizadas por grupos políticos antichavistas, a prefeitura opositora do município de Chacao colocava a disposição dos grevistas banheiros químicos, atenção médica 24 horas e barracas de camping. "Esta não é uma greve midiática. Vamos lutar até o fim", disse Yunior Valcenas.
Crise habitacional
O déficit habitacional na Venezuela, de pelo menos 2 milhões de moradias, foi agravado no ano passado, quando fortes chuvas afetaram o país, deixando mais de 150 mil pessoas desabrigadas. A mais de um ano da decisiva eleição presidencial de 2012 e na esteira da crise, o governo Chávez lançou um ambicioso projeto de construção chamado "Missão Moradia", uma edição venezuelana do programa "Minha Casa, Minha Vida".
A promessa do governo é entregar 150 mil moradias neste ano e solucionar o déficit habitacional até 2017. Para cumprir a meta, Chávez, há 12 anos no poder, terá de ser reeleito. A Consilux é uma das empresas construtoras estrangeiras que participam da “Missão Moradia".

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