Readmissão de todos os ferroviários

Readmissão de todos os ferroviários
Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

Campanha Nacional Contra Privatização

sexta-feira, 27 de abril de 2012

DIA DO FERROVIÁRIO


30 de Abril
O ferroviário contribui para o funcionamento do complexo sistema de transportes que é a rede de trens. O mais famoso cargo, e o que mais rapidamente nos vem à cabeça, é o de maquinista - o "motorista", que comanda o trem. Mas ainda há muitas pessoas importantes envolvidas, e todas elas merecem nossa comemoração no dia de hoje.
Para começar, é preciso lembrar que o ferroviário pode atuar em vários tipos de trens: urbanos, turísticos, de carga.
Como sistema de transporte de pessoas ou carga, os trens representam uma opção mais barata, porém insuficientemente explorada no nosso país. Seu custo é bem menor do que o rodoviário, pois os trens são movidos a diesel ou a eletricidade.

HISTÓRIAS DO TREM NO BRASIL

cBaroneza, a primira locomotiva a circular no Brasil

A primeira estrada de ferro do Brasil foi a Estrada de Ferro Petrópolis, inaugurada em 30 de abril de 1854. Era conhecida também como Estrada de Ferro Mauá, já que foi construída graças ao patrocínio do Barão de Mauá na empreitada: ligar a Praia da Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da Serra de Petrópolis. Já a locomotiva, trazida da Inglaterra, era homenagem à esposa do Barão de Mauá. Chamava-se "Baroneza" (com 'z' mesmo, por causa da grafia antiga).


Trem-unidade ("litorina") Fiat da Estrada de Ferro Central do Brasil na estação da Luz. Foto: Centro Storico Fiat, in Mondo Ferroviario, Jan. 1991
Foi criada ainda no mesmo século outra estrada de ferro, no Rio de Janeiro, tendo em vista o desenvolvimento da região. Chamava-se Estrada de Ferro D. Pedro II, mas mudou o nome para Estrada de Ferro Central do Brasil após a Proclamação da República, em 1889. Sua principal função era integrar as áreas urbanas que não paravam de crescer, devido à chegada de imigrantes, libertação dos escravos e crise da lavoura canavieira. A Central do Brasil foi se estendendo e, com o tempo, serviu também para ligar o subúrbio ao centro da cidade do Rio de Janeiro.
A Estrada de Ferro do Corcovado, inaugurada em 1884, é mais um exemplo de investimento no transporte da moda do século XIX. Esta via tão antiga tem história: durante quatro anos consecutivos, transportou as peças do Cristo Redentor; recebeu passageiros ilustres como Dom Pedro II (que inaugurou a Estrada de Ferro), o secretário de Estado do Vaticano, Eugênio Pacelli (que veio a ser o Papa Pio XVII), os ex-presidentes Getúlio Vargas e Epitácio Pessoa, o Papa João Paulo II, o cientista Albert Einstein e a princesa Diana. Foi conduzido até por Santos Dumont, freqüentador assíduo que sempre dava generosas gorjetas.

O ferroviário, isto é, o trabalhador das estradas de ferro, também tem o seu dia. É o 30 de abril. Por quê? Porque em 30 de abril de 1854 inaugurou-se a primeira linha ferroviária do Brasil, numa viagem que contou com a ilustre presença do imperador dom Pedro 2º e da imperatriz Tereza Cristina.

A Estrada de Ferro Petrópolis, que tinha cerca de 14km de trilhos, ligava o Rio de Janeiro a Raiz da Serra, na direção da cidade que batizou a ferrovia. Ela foi um empreendimento do empresário Irineu Evangelista de Sousa, que por isso recebeu do governo imperial o título de barão de Mauá.



Hoje, pode não parecer, mas as estradas de ferro e seus trabalhadores já foram muito importantes para o desenvolvimento de nosso país. A história do Brasil, em diversos sentidos, caminhou sobre os trilhos dos trens, puxada pelas locomotivas. Quer um exemplo surpreendente?

Os ingleses e o futebol

As duas primeiras bolas de futebol trazidas para o Brasil, que introduziu aqui esse esporte britânico, foram utilizadas numa partida entre os funcionários da São Paulo Railway (= estrada de ferro) e os da Companhia de Gás. Os ferroviários ganharam por 4 a 2.



Engenheiro critica “dilapidação” do transporte ferroviário no País

Engenheiro critica “dilapidação” do transporte ferroviário no País
“É visível a dilapidação progressiva do sistema de transporte de cargas sobre trilhos, demonstrada pelo fechamento de 50% da malha, pelas condições de degradação da via permanente, pelo envelhecimento da frota de locomotivas, pelo estado deplorável de estações e oficinas abandonadas e pela redução do número de clientes.” Esta é a opinião do engenheiro civil Paulo Sidnei Ferraz, que tem mais de 33 anos dedicados ao sistema de transportes do Brasil e trabalhou na RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), de Curitiba, de 1997 a 2003.
Paulo Ferraz afirma que os números que vêm sendo apresentados pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e pela ANTF (Associação Nacional de Transportadores Ferroviários) não refletem a realidade do transporte nos trilhos no Brasil. “Essas entidades dizem que a participação do modal ferroviário na matriz de transporte atingiu 25%. Mas tanto os anuários estatísticos pela GEIPOT (Empresa Brasileira de Planejamento dos Transportes), como os relatórios da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) demonstram que houve uma redução do percentual da movimentação de cargas pelos trilhos da ordem de mais de 11%.”
A mudança na matriz de transporte do Brasil é destacada como uma das prioridades pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros). A ferrovia e a hidrovia, que consomem combustíveis baratos e abundantes e são ambientalmente muito mais limpas, deveriam prevalecer no transporte de carga, com participação de 40%, aponta o projeto “Cresce Brasil”.
Segunda, 12 de Março de 2012 
Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo