Readmissão de todos os ferroviários

Readmissão de todos os ferroviários
Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

Campanha Nacional Contra Privatização

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Greves acontecem porque governos ignoram transporte público sobre trilhos, diz líder sindical.


Sex, 25 de Maio de 2012 13:30

Guilherme Balza,

Do UOL, em São Paulo.

O setor de transportes vive um momento inédito na história do país com greves e protestos simultâneos em varias capitais. Nesta semana, decidiram paralisar as operações os metroviários e ferroviários de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal. No Rio de Janeiro, os metroviários decidem nos próximos dias se cruzam os braços ou não.

As paralisações têm relação direta com questões salariais e trabalhistas, já que maio é o mês da data-base da categoria. Em São Paulo, o impasse foi com o governo do Estado, que administra o Metrô e os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Nas demais capitais, a briga dos trabalhadores é com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), do governo federal, que, segundo a categoria, não quis conceder reajuste salarial neste ano.

Para o presidente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários), Paulo Pasin, a indignação dos metroviários e ferroviários é resultado da falta de reconhecimento dos governos. “Cada vez trabalhamos mais, por conta do aumento de usuários, mas os governos não reconhecem”. Mas, a questão de fundo, diz o sindicalista, é a falta de investimentos públicos em metrô e trem e o descaso histórico com as duas modalidades de transporte.

“Cada vez mais fica evidente o papel estratégico do transporte público sobre trilhos nas grandes metrópoles, e os governos não deram conta disso”, afirma. Veja abaixo a entrevista com o sindicalista, que, além de presidente da Fenametro, é diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

UOL - Várias greves estão ocorrendo no país neste momento, o que nunca havia acontecido antes. Por quê?

Paulo Pasin - A primeira razão das greves relacionadas ao governo federal foi o governo ter apresentado reajuste zero de salário. A outra razão é que cada vez mais fica evidente o papel estratégico do transporte publico sobre trilhos nas grandes metrópoles, e os governos não deram conta disso. Os trabalhadores sentem a necessidade de serem valorizados. Cada vez trabalhamos mais, por conta do aumento dos usuários, mas os governos não reconhecem. No plano nacional, há uma política de sucateamento da CBTU. Em nível nacional, o investimento na CBTU tem decrescido a cada ano.

UOL - Essas mobilizações têm alguma relação com o fato de estarmos num ano eleitoral?

Pasin - Nenhuma. Em primeiro lugar, não é uma eleição para Presidente da República, e em quase todos os locais onde está havendo greve o metrô é administrado pelo governo federal. E em São Paulo pelo governo estadual. Em momento algum foi tratado da questão eleitoral nas nossas assembleias. Em São Paulo, não fizemos greve no ano passado porque o Metrô negociou. Fizemos cinco rodadas de negociação. Neste ano eles empurraram com a barriga, não quiseram negociar.

UOL - A Justiça do Trabalho vem determinando que as categorias mantenham percentuais elevados de pessoal trabalhando durante as greves (80%, 85%). Nos horários de pico, exige a totalidade do efetivo. O que o senhor acha disso?

Pasin - No Brasil, está se acabando com um dos direitos mais elementares da classe trabalhadora, que é o direito irrestrito de greve. Nós, que lutamos tanto contra a ditadura, estamos tendo um direito cerceado. Determinar 100% do pessoal no horário de pico e 80% nos outros horários é impedir a greve. Em São Paulo, fizemos a proposta de liberação das catracas, para não prejudicar a população, mas a Justiça do Trabalho também rejeitou a proposta.



* Entrevista publicada originalmente no UOL Notícias.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Metroviários e ferroviários fazem greve em cinco estados

Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 15/05/2012, 14:54

São Paulo – Em campanha salarial unificada, metroviários e ferroviários de cinco estados, com data-base em 1º de maio, estão parados contra a decisão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de não reajustar os salários. O metrô parou em Recife na noite de ontem (13), e em Belo Horizonte, no domingo. O transporte ferroviário parou à zero hora de hoje em Maceió, João Pessoa e Natal.

Os trabalhadores reivindicam 5,13% de reposição da inflação mais 10% de aumento real, participação nos lucros ou resultados (PLR), plano de carreira, gratificação por passageiro transportado, plano de saúde integral e adicional noturno de 50%. Em Natal, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias no Estado do Rio Grande no Norte (Sintefern) pede à CBTU que os trens parados desde outubro do ano passado voltem a operar. Foram feitas três rodadas de negociação com a empresa, sem avanços.

Segundo a Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), não há datas para continuidade da negociação até o momento, exceto em Belo Horizonte onde está marcada uma reunião para a próxima segunda-feira (21). O Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) calcula que cerca de 210 mil passageiros estejam sendo afetados.

Os metroviários da capital mineira acatam decisão judicial que determinou escala mínima de funcionamento nos horários de pico, entre as 5h20 e 8h30 e das 17h às 19h30, de segunda a sexta, e das 5h30 às 9h nos sábados, com fixação de multa diária de R$ 30 mil para o sindicato em caso de descumprimento, entre outros itens. A decisão é do Tribunal Reigonal do Trabalho (TRT) da 3ª Região, em Minas Gerais, que ontem (14) promoveu audiência de conciliação. Uma assembleia geral está marcada para a próxima terça-feira (22).

Em outras capitais, a categoria também pode parar neste mês. Nesta semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimetro-RS) fará amanhã (16) assembleia para decidir sobre a greve. Na capital distrital, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas De Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetro-DF) fará assembleia no domingo (20).

São Paulo

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo tem amanhã, às 9h30, reunião de negociação com representantes da Companhia do Metropolitano (Metrô). Entre as principais reivindicações, estão reajuste com base no ICV-Dieese (5,37% nos últimos 12 meses, até abril), aumento real de 14,99%, calculado com base no aumento do número de usuários, e melhorias no plano de saúde.

Segundo o presidente da Fenametro, Paulo Roberto Pasin, um dos problemas mais importantes nas grandes cidades no Brasil é o da mobilidade urbana. “A valorização dos trabalhadores é fundamental porque são eles que operam o sistema. Sem eles, não é possível termos um transporte de qualidade”, disse. Existe possibilidade de greve para a próxima semana.

Os ferroviários de São Paulo também estão em processo de negociação para melhorias das condições de trabalho. Eles têm audiência de conciliação sexta-feira (18) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Se não houver acordo, há possibilidade de greve. “Se os ferroviários decidirem pela greve, a intenção da diretoria é trabalhar esse movimento de forma unificada”, disse Pasin.

Tags: campanha salarial, metroviarios, unificada, cbtu, greve, ferroviarios

GREVE NA CBTU NATAL - RN


Ferroviários paralisam as atividades na terça

Data: 11 maio 2012 - Hora: 20:01 - Por: Portal JH
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, no pátio da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresa Ferroviária do Estado do Rio Grande do Norte (Sintefern) aprovou uma greve por tempo indeterminado, marcada para ser iniciada na próxima terça-feira (15). Apenas 30% do efetivo irá continuar trabalhando no sistema de transporte ferroviário, em regime de escala.
Entre as principais reivindicações da categoria está a exigência de um piso salarial não inferior a R$ 1.895,00,63, reajuste salarial referente ao índice do DIEESE acumulado de 01/05/11 a 30/04/12 e o aumento real de 10% em cima do índice. Segundo o sindicato, o valor do ticket alimentação também está congelado. “Há uma grande intransigência da empresa em não querer negociar nem o mínimo da perda da inflação. Também temos dificuldades nas condições de trabalho e os maquinistas e funcionários de operações em geral são os mais sacrificados com horários e escalas deficientes. O objetivo não é prejudicar os usuários, mas não temos diálogo e nos oferecem reposição salarial zero”, disse Ismael do Vale Borges, presidente interino do Sintefern.
Atualmente, das quatro locomotivas da CBTU, três estão paradas, sendo que duas delas não têm peças de reposição, e apenas uma está em funcionamento. “Desde outubro que temos uma locomotiva parada e até agora não veio uma equipe de manutenção. As condições estruturais da locomotiva estão frágeis”, afirmou Ismael.
Segundo Marcos Costa Viana, da direção do Sintefern, a greve dos ferroviários no Rio Grande do Norte segue uma mobilização nacional. “Belo Horizonte e Recife já estão com indicativo de greve para a próxima segunda-feira. Iniciamos o processo no mês passado, onde houve três rodadas de negociações, sendo a primeira em Natal, a segunda em Belo Horizonte e a terceira em Recife. Nossa pauta de reivindicação consta de 132 cláusulas, sendo que as econômicas requerem o índice que foi negado e quanto às sociais, querem manter o acordo do ano passado, mas sem avanços”.
O maquinista Pedro Gonzaga, que trabalha há 35 anos como ferroviário, sendo 28 deles como maquinista, contou que as dificuldades de negociação são frequentes. “Todo a ano a empresa não aceita nossas reivindicações e até quer tirar alguma conquistas. Desde 91 estamos lutando por melhorias. Vamos partir para o enfrentamento”.
Renata Freire, moradora de Extremoz, lamentou a paralisação anunciada. “Este é o meu único meio de transporte. Há cinco anos faço uso e não tenho muito a reclamar, só da demora. Mas agora com essa greve tudo vai ficar mais difícil”.
Através da assessoria de imprensa, o superintendente da CBTU/RN, Erly Bastos, informou que vai aguardar o comunicado oficial do sindicato e a deliberação da administração central com relação ao movimento grevista. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, a CBTU vai buscar que seja atendido o Termo de Ajustamento de Conduta que estabelece que o efetivo de 30% seja em cima do serviço oficial de 24 viagens diárias, e não das 12 como acontecem atualmente, já que das duas locomotivas disponíveis, apenas uma se encontra em funcionamento. A média de usuários com o funcionamento de uma locomotiva é de 4 mil pessoas por dia.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

NA CBTU O ÌNDICE É ZERO!

Esta sendo realizada no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, a última rodada de negociações entre a CBTU e os vários sindicatos metroferroviários, representando oito estados da federação. Esse é o terceiro encontro e o andamento das reuniões parece apontar para um impasse. A empresa apresenta o índice de zero por cento de reajuste salarial, rejeitado pelos metroviários, que já sinalizaram pela greve nacional da categoria, a partir do dia 10 desse mês.
“Diferente do segundo encontro, realizado em Belo Horizonte (MG), onde a CBTU avançou em alguns pontos da pauta de reivindicações da categoria, no encontro realizado em Recife, os representantes da empresa recuaram e recusaram todas as concessões acordadas anteriormente”, informam as lideranças.
Os dirigentes sindicais indignados com essa situação partiram para o enfrentamento e afirmaram para a empresa que, com esse andamento, a possibilidade de paralisação dos trabalhadores seria certa.
A CBTU argumentou que, em caso de movimento paredista, eles têm condições de confrontar os trabalhadores e manter o sistema funcionando por até 30 dias.
Já os metroviários avaliam que, com o nível da insatisfação existente na base da categoria, principalmente depois das últimas negociações, essa greve aponta para ser uma das mais longas da história do sistema ferroviário.