Readmissão de todos os ferroviários

Readmissão de todos os ferroviários
Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

Campanha Nacional Contra Privatização

sexta-feira, 3 de maio de 2013



A ferrovia já foi um projeto de futuro para este país foi parada por governos burocratas e elitistas que visavam lucros por outros meios de transportes prejudicando nossos estimados servidores Ferroviários.”  

FERROVIAS NO BRASIL: SUCATEAMENTO VAI COMPLETAR 160 ANOS.

 
Por Latuff*

Se o Barão de Mauá, fundador da primeira estrada de ferro no Brasil, pudesse levantar de seu túmulo para participar das comemorações dos 160 anos da ferrovia, certamente pediria pra voltar ao mundo dos mortos. Ele, que no século 19 teve seus sonhos desenvolvimentistas sabotados pelo imperador D. Pedro II, certamente veria com desgosto que mesmo no século 21, a ferrovia continua sendo boicotada, dessa vez por interesses locais, nacionais e multinacionais, como empresas de ônibus, montadoras de automóveis e fabricantes de pneus.

A política rodoviarista do governo Juscelino Kubistcheck , que escancarou as portas do país a sanha das mega-corporações automobilísticas norte-americanas na década de 50, deu início a um longo processo de sucateamento da malha ferroviária, com desativação de trechos considerados "pouco lucrativos", degradação do material rodante e precarização dos serviços oferecidos aos passageiros. Com o advento do neoliberalismo, as estradas de ferro foram privatizadas nos anos 90, com a promessa de um transporte de melhor qualidade. No entanto, as empresas que venceram os leilões de privatização utilizam a maior parte da malha ferroviária nacionais para o transporte de cargas, restando apenas umas poucas linhas destinadas a passageiros, estas sem nenhum investimento expressivo.

Para um país com uma extensão territorial gigantesca como o Brasil, privilegiar a construção de rodovias tão somente para atender as demandas de empreiteiras e a indústria automobilística, e ainda deixar as estradas de ferro nas mãos de empresas que buscam apenas lucros no transporte de cargas, é um verdadeiro crime de lesa pátria. A lógica é que se ganha mais dinheiro com asfalto do que com trilho, e que carga é mais rentável do que passageiro. Resta à população, a maior vítima destas negociatas, sofrer dentro de coletivos lotados e sobreviver a um trânsito caótico que mata e mutila mais do que conflitos armados. O sistema capitalista é mesmo implacável.

Neste dia dos ferroviários no Brasil, qualquer comemoração soaria como um deboche. A data requer reflexão, indignação e protesto.