Readmissão de todos os ferroviários

Readmissão de todos os ferroviários
Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aposentados conquistam reajuste de 7,72%; Lula diz que vai vetar

Governo sofre expressiva derrota na Câmara dos Deputados. É aprovado reajuste de 7,72% para os aposentados e o fim do fator previdenciário.

Na manhã do dia 4 de maio, nos corredores da Câmara, o líder do governo, Candido Vacarezza, já afirmava que o seu relatório era o limite, que o governo não aceitaria nenhum reajuste superior a este e que acreditava que conseguiria aprovar os 7% com o voto da base governista.

Repetia várias vezes o que depois voltou a dizer no plenário da Câmara: "que o reajuste de 7% era o maior do mundo e que em nenhum país os aposentados tiveram um reajuste igual”. Em relação ao fim do fator previdenciário nem pensar. Segundo ele, seria um contrabando na medida provisória que nem deveria ser votado.

Por volta de 15h, do lado de fora do Congresso, em frente a Catedral de Brasília, mais de 500 aposentados iniciavam uma marcha até o plenário da Câmara. Depois de horas de viagem vindo do interior de SP, Minas Gerais, de Goiás e das redondezas de Brasília iniciavam uma caminhada que se tornou uma verdadeira maratona em luta pelos seus direitos e pó pressão os deputados. A passeata foi liderada pela COBAP, com forte presença da CONLUTAS, da Força Sindical, da NCST e diversos parlamentares.

Chegando a Câmara, mesmo cansados, os aposentados lotaram a galeria a espera da votação do seu reajuste. Afinal, já eram três semanas de espera, pois o tema entrava em debate e as votações eram adiadas.

Depois de muitas discussões, o governo colocou em votação o relatório do líder Vacarezza e disse que não aceitaria nenhuma emenda, ou seja, não haveria possibilidade de votar nenhum índice superior ao relatório que propunha o reajuste de 7%.

Aí o governo sofreu sua primeira derrota. Foi rejeitado o reajuste de 7%, mesmo com o voto do PT e de parte da base aliada. Logo depois foram votadas as propostas de emendas e foi aprovado o reajuste de 7.72% para os aposentados que ganham mais de 1 salário mínimo. Depois, por uma margem pequena de votos, cerca de 30, não foi aprovado proposta de reajuste de 8.7%.

Os aposentados, agora em menor número, pois já era tarde continuavam firmes nas galerias, junto com a COBAP, CONLUTAS e NCST. Mas, o pior para o governo ainda estava por vir.

Na votação do fim do fator previdenciário, o placar foi 323 votos pelo fim desta medida e apenas 80 contrários, apesar da liderança do PT, PR, PP e PMDB terem encaminhado contra e o PSDB e DEM terem liberado o voto de seus deputados. Neste momento nas galerias o grito contido dos aposentados explodiu. Afinal foram várias passeatas, marchas e mobilizações, pelo fim deste famigerado fator.

A matéria foi para o Senado e Lula pode vetar o reajuste e o fim do fator previdenciário

Agora a discussão vai ao Senado para nova votação e depois, se aprovada vai para a sanção do presidente Lula, que tem afirmado que pode vetar o reajuste com o argumento de que não tem dinheiro e que o fim do fator previdenciário poderia quebrar a Previdência. O mesmo governo que deu R$ 370 bilhões para as empresas e bancos durante crise e destina cerca de um terço do orçamento da União para pagar os juros da dívida pública.

Por isto, é necessário aumentar a mobilização. Unificar as lutas dos aposentados com todos os trabalhadores que estão mobilizados neste momento, como os servidores públicos. Realizar assembléias e campanhas nas fábricas, pois são os trabalhadores que estão na ativa os mais atingidos por este fator previdenciário. Este é o momento de generalizar esta reivindicação.

Os aposentados saíram da Câmara cansados depois de um dia de luta e foram retornando aos seus estados com certeza de que valeu a pena, por isso vão continuar lutando.

Parabéns aos aposentados, que deram um exemplo de luta ao conjunto da classe trabalhadora!


Fonte: Conlutas Nacional

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