Readmissão de todos os ferroviários

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Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Grupo protesta em frente à Estação Pinheiros contra PPP e acidente de 2007


SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lamentou o acidente que vitimou sete pessoas em 2007 durante as obras da Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô, inaugurada nesta segunda-feira, 16. Ele foi recebido na solenidade por cerca de 20 manifestantes, entre eles parte da família do cobrador Wescley Adriano da Silva, de 22 anos, que morreu enquanto trabalhava em um micro-ônibus engolido pela cratera.
 Na ocasião, uma cratera de oitenta metros de diâmetro se abriu na Rua Capri, na zona oeste de São Paulo, o que atrasou em quase três anos a conclusão do projeto. "Nosso sentimento de solidariedade pela tragédia ocorrida", disse Alckmin, durante a inauguração da estação. "É muito triste o que aconteceu, muito triste." O governador ressaltou que uma apuração rigorosa está sendo feita sobre o acidente e disse que as famílias afetadas pela tragédia foram indenizadas. "E quem pagou todas as indenizações foi o consórcio, responsável pela obra", explicou.
A tia de Wescley, Joseli Ferreira de Araújo, afirma, porém, que o Consórcio ViaQuatro ainda não indenizou a família. "Ainda não foi fechado o acordo e a família ainda não foi amparada pelo consórcio", disse. Ela carregava uma faixa em memória do sobrinho e cobrava assistência do governo estadual à família. O marido dela, Elenildo Adriano da Silva, fazia coro ao protesto e explicou que a indenização ainda não saiu porque a família não conseguiu entrar em acordo com o consórcio e espera a resolução do caso na Justiça.
A companheira de Wescley, Thaís Ferreira Gomes, que dias depois da tragédia deu à luz ao filho do casal, Cauã, entrou em acordo com o consórcio e foi indenizada. Ela disse que com o dinheiro comprou uma casa. Ela queixa-se da falta de assistência psicológica recebida. "Depois do acordo não tive mais assistência nenhuma", afirmou.
A jovem, que casou e tem uma filha de 7 meses com seu novo companheiro, conta que é difícil voltar ao lugar do acidente. "Vim hoje para cobrar uma homenagem que prometeram. O pior já foi feito, que foi destruir nossa família", disse.
Segundo a família de Wescley, o governo prometeu que a estação teria uma placa em homenagem às vítimas do acidente. "Com a placa as pessoas vão sempre lembrar que sete pessoas morreram aqui. É uma forma de mostrar pra população que isso aqui não foi de graça", disse Elenildo.
Solenidade. A inauguração da Estação Pinheiros, diferente de outras estações já entregues da Linha 4-Amarela, não teve discursos oficiais. Alckmin caminhou a passos rápidos até o trem, se deslocando com os jornalistas até a Estação Faria Lima. No trajeto, parentes das vítimas insistiram em conversar com o governador.
Um assessor do Palácio dos Bandeirantes entregou um cartão a parentes de Wescley, para que fosse marcado um encontro com autoridades. Na saída da Estação Faria Lima, um homem foi detido pela Polícia Militar (PM), que negou que ele fizesse parte da manifestação. Os policias não informaram, contudo, o motivo da detenção.
O restante dos manifestantes, também com cartazes de protesto, faz parte do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo, contrário às Parcerias Público-Privadas (PPP) em obras de transporte coletivo em São Paulo.
Gustavo Uribe, da Agência Estado, e Marília Lopes, do Estadão.com.br

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