Readmissão de todos os ferroviários

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Na greve dos metroviários de São Paulo, os trabalhadores saíram à luta por reajuste de salário. Alckmin (PSDB) não quis negociar e nem quer aceitar que os trabalhadores lutem. Os metroviários exigiam aumento e Alckmin respondeu com a tropa de choque, suas bombas, balas de borracha e 41 demissões. O governador ainda se apoia na Justiça do Trabalho, que com a ânsia de assegurar os interesses dos acionistas do Metrô e do governo, negou aos metroviários um dos direitos constitucionais mais básicos: o direito de greve. O SINTEFERN chama toda a categoria em solidariedade os companheiros metroviários de São Paulo. Para exigimos que o governo Alckmin, negocie com os trabalhadores, reintegre todos os 41 que foram demitidos. E aceite a liberação das catracas do metrô, enquanto a negociação perdurar.

Campanha Nacional Contra Privatização

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segunda-feira, 9 de junho de 2014

GREVE DOS METROVIÁRIOS DE SÃO PAULO

Nesta segunda, a greve dos metroviários entrou em seu quinto dia, com funcionamento parcial das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Neste momento, a linha 1-Azul opera no trecho entre a estação Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde no trecho entre a estação Ana Rosa e Vila Madalena; e a linha 3-Vermelha funciona no trecho que vai da estação Bresser-Brás a Marechal Deodoro.
Já a Linha-5 Lilás opera normalmente desde as 4h50, em toda a extensão. A Linha-4 Amarela, operada pela Via Quatro, tem funcionamento normal desde o horário de abertura, às 4h40.
Confronto


Choque Marcos Bezerra/Futura Press
Protesto em frente a estação Ana Rosa do Metrô durante a paralisação dos metroviários em São Paulo, nesta segunda-feira
Um grupo de manifestantes - formado por funcionários do Metrô que estão paralisados, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e outros movimentos sociais -entrou em confronto com a Tropa de Choque da Policia Militar de São Paulo em frente à estação Ana Rosa. Houve disparo de bombas de efeito moral e a avenida Vergueiro foi fechada.
De acordo com a Polícia Militar, desde às 4h, cerca de 100 funcionários do Metrô estavam dentro da estação, parte deles formada por grevistas e outra parte de supervisores escalados para trabalhar durante a greve.
Segundo o Major Cabana, os grevistas estavam tentando impedir a abertura da estação e a polícia foi ao local para tentar encontrar uma solução. Por volta das 6h, após a negociação não avançar, os grevistas teriam arrombado uma das portas e 13 pessoas foram levadas para a 36 ºDP para serem averiguadas.
"Pedi para que eles deixassem a estação e estávamos conversando para que eles saíssem. Quando eles perceberam que a PM poderia agir, ele arrombaram o portão, que agora está resguardado para a perícia. Essas pessoas não estão presas, mas foram levadas para o DP para identificar a conduta de cada um", afirmou o major.
Para os usuários do Metrô, as alternativassão os ônibus da SPTrans, que funcionam em esquema especial; e os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que funcionam normalmente.
A greve e decisão da Justiça
A assembleia dos metroviários realizada neste domingo (08) decidiu manter a paralisação, contrariando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo que determinou a ilegalidade do movimento e o fim da greve.
Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato da categoria, disse que a proposta oferecida pelo governo estadual, a mesma da Justiça – 8,7% de aumento sobre os salários em 30 abril deste ano, que considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de 3,5% de aumento real – é insuficiente. O sindicato deve recorrer da decisão.
Altino disse ainda que o sindicato não tem intenção de prejudicar a Copa do Mundo – a abertura do evento ocorre daqui quatro dias na capital paulista. “O sindicato não quer acabar com a Copa. Sou torcedor de futebol e vou torcer pelo Brasil. Mas tem que ter dinheiro também para o trabalhador, não pode gastar só com o Itaquerão, só com grandes obras”, declarou.

O presidente do sindicato comentou ainda sobre a possibilidade de demissões. “Se tiver demissão, a situação vai piorar, porque nós vamos aumentar a greve. Se demitir vamos ficar mais dias em greve. Eu espero que a gente volte. Se o governador buscar uma negociação, a gente sai desse impasse”, disse ele. Segundo o sindicato, uma nova assembleia da categoria foi marcada para amanhã, às 13h.

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