GREVE DOS METROVIÁRIOS DE SÃO PAULO
Nesta segunda, a
greve dos metroviários entrou em seu quinto dia, com funcionamento parcial das
linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Neste momento, a linha 1-Azul opera
no trecho entre a estação Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde no trecho entre a
estação Ana Rosa e Vila Madalena; e a linha 3-Vermelha funciona no trecho que
vai da estação Bresser-Brás a Marechal Deodoro.
Já a Linha-5 Lilás
opera normalmente desde as 4h50, em toda a extensão. A Linha-4 Amarela, operada
pela Via Quatro, tem funcionamento normal desde o horário de abertura, às 4h40.
Confronto
Choque Marcos Bezerra/Futura Press
Protesto em frente a estação Ana Rosa do Metrô durante a paralisação dos metroviários em São Paulo, nesta segunda-feira
Um grupo de manifestantes - formado por funcionários do Metrô que estão paralisados, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e outros movimentos sociais -entrou em confronto com a Tropa de Choque da Policia Militar de São Paulo em
frente à estação Ana Rosa. Houve disparo de bombas de efeito moral e a avenida
Vergueiro foi fechada.
De acordo com a
Polícia Militar, desde às 4h, cerca de 100 funcionários do Metrô estavam dentro
da estação, parte deles formada por grevistas e outra parte de supervisores
escalados para trabalhar durante a greve.
Segundo o Major
Cabana, os grevistas estavam tentando impedir a abertura da estação e a polícia
foi ao local para tentar encontrar uma solução. Por volta das 6h, após a
negociação não avançar, os grevistas teriam arrombado uma das portas e 13
pessoas foram levadas para a 36 ºDP para serem averiguadas.
"Pedi para que
eles deixassem a estação e estávamos conversando para que eles saíssem. Quando
eles perceberam que a PM poderia agir, ele arrombaram o portão, que agora está
resguardado para a perícia. Essas pessoas não estão presas, mas foram levadas
para o DP para identificar a conduta de cada um", afirmou o major.
Para os usuários do
Metrô, as alternativassão os ônibus da SPTrans, que funcionam em esquema especial;
e os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que funcionam
normalmente.
A greve e decisão da Justiça
A assembleia dos
metroviários realizada neste domingo (08) decidiu manter a paralisação,
contrariando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo que
determinou a ilegalidade do movimento e o fim da greve.
Altino de Melo
Prazeres Júnior, presidente do sindicato da categoria, disse que a proposta
oferecida pelo governo estadual, a mesma da Justiça – 8,7% de aumento sobre os
salários em 30 abril deste ano, que considera o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), além de 3,5% de aumento real – é insuficiente. O sindicato
deve recorrer da decisão.
Altino disse ainda
que o sindicato não tem intenção de prejudicar a Copa do Mundo – a abertura do
evento ocorre daqui quatro dias na capital paulista. “O sindicato não quer
acabar com a Copa. Sou torcedor de futebol e vou torcer pelo Brasil. Mas tem
que ter dinheiro também para o trabalhador, não pode gastar só com o Itaquerão,
só com grandes obras”, declarou.
O presidente do
sindicato comentou ainda sobre a possibilidade de demissões. “Se tiver
demissão, a situação vai piorar, porque nós vamos aumentar a greve. Se demitir
vamos ficar mais dias em greve. Eu espero que a gente volte. Se o governador
buscar uma negociação, a gente sai desse impasse”, disse ele. Segundo o
sindicato, uma nova assembleia da categoria foi marcada para amanhã, às 13h.
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