Dilma anuncia pacote de
privatizações
FENAMETRO Federação Nacional dos Metroviários
Sex, 17
de Agosto de 2012 17:11
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Dilma
pretende viabilizar investimentos de R$ 133 bilhões nos próximos 30 anos.
Com o
programa, o governo federal pretende construir 7.500 quilômetros de rodovias e
dez mil de ferrovias por meio das PPPs (Parcerias Público-Privadas) e
administradas pelo capital privado. As PPPs são uma forma de privatização na
qual os investidores entram com parte do capital para a expansão dos projetos,
os administram cobrando tarifas e contam com a ajuda do Estado no caso de
prejuízos. A Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo funciona dessa forma.
O governo
federal ainda não explicou como irá mudar as regras de concessões, já que nas
ferrovias vigora hoje o monopólio das empresas concessionárias.
A
divulgação do pacote de privatizações provocou alegria em muitos empresários.
Eike Batista, controlador do Grupo EBX, festejou a decisão do governo Dilma e
chamou o programa de “kit felicidade”. Já o PSDB parabenizou Dilma, mas
reclamou do “atraso” das iniciativas.
Se os
empresários e o PSDB de Geraldo Alckmin e José Serra estão comemorando o tal
pacote, é sinal de que ele é prejudicial aos trabalhadores. Os empresários
visam apenas o lucro e os tucanos têm mostrado em suas ações o seu desrespeito
aos trabalhadores. É só lembrar a forma como Alckmin tratou a última greve dos
metroviários, buscando jogar a população contra a categoria, e a expulsão das
várias famílias que moravam no Pinheirinho, em São José dos Campos.
Dilma e o
ministro Mantega estão negando que o governo esteja privatizando. É
compreensível, já que Lula ganhou duas eleições e elegeu sua candidata à
presidência denunciando as privatizações feitas pelo PSDB durante os governos
de Fernando Henrique Cardoso (1995/2003). Na prática, Dilma está fazendo o
mesmo jogo dos tucanos. Mudou apenas a forma, mas é privatização e deve ser
combatida.
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