Dom, 03 de Junho de 2012 23:05
Os metroviários e ferroviários estão unidos e só retornam ao trabalho quando a empresa apresentar uma proposta que atenda a seus anseios.
Nesta segunda-feira, 4 de junho, a greve dos metroviários e ferroviários da CBTU — empresa vinculada ao governo federal — completa 21 dias. Nunca é demais lembrar que os trabalhadores decidiram entrar em greve porque, após nove rodadas de negociação, a empresa apresentou como proposta reajuste salarial ZERO, ou seja, congelamento de salários e demais cláusulas com impacto econômico.
Todas as tentativas de reabertura de negociações feitas pelos trabalhadores foram ignoradas pela empresa. Não bastasse isso, numa atitude autoritária, a CBTU entrou com uma petição no TST pedindo, em caráter liminar, que o tribunal determinasse o imediato retorno dos companheiros ao trabalho sob pretexto de que se tratava de um "serviço essencial". A empresa agiu com extrema má fé, pois omitiu do TST que já havia negociado esquemas de emergência com os sindicatos nas cinco capitais para atender os horários de pico. O TST negou o pedido da empresa e marcou uma audiência de conciliação para a próxima terça-feira, 5 de junho, às 14h30, em Brasília.
O mais grave dessa ação da CBTU é que partiu de um governo que diz ter origem na luta da nossa classe uma atitude que, de maneira inequívoca, viola o direito de greve. "Combatemos contra a ditadura por liberdades democráticas para que a classe trabalhadora pudesse lutar em melhores condições pelo atendimento de suas reivindicações imediatas e históricas. É triste ver, agora, que muitos mudaram suas posições e passaram a utilizar dos mesmos instrumentos de repressão contra a luta do povo. Esperamos que essa atitude da CBTU seja denunciada pelo conjunto do movimento sindical e popular como prática antisindical inaceitável", defende Paulo Pasin, presidente da FENAMETRO.
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