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A linha 1 permanece com a CBTU por enquanto, segue link demonstrando
pressão política para o repasse:
http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?tit=transferencia_do_metro_ja_esta_em_fase_final&id=132446
http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?tit=transferencia_do_metro_ja_esta_em_fase_final&id=132446
Nas nossas reuniões e contatos podemos
confirmar o interesse do Governo Federal no repasse da CBTU BH, assim como o
interesse do Estado de Minas Gerais em receber e repassar imediatamente à
iniciativa privada. Lembramos-lhes que Minas Gerais é o Estado com o maior
vulto de projetos de Parcerias Públicas
Privadas através do “Programa de Parceria Público-Privada do Estado de
Minas Gerais”. Segue link do site e página da PPP Minas no Facebook:
O programa de Minas Gerais é referência
nacional, para o bem e/ou para o mal, como modelo de Governança de PPPs, sendo
estudado por Governos de todo país. Assim sendo a modelagem de PPP Mineira
criou um sistema de montagem, análise e monitoramento que atribui prazos,
objetivos, garantias financeiras, bem como avalia o potencial de atração de
investimentos e a adequação às diretrizes de planejamento governamental.
Considerando vontade mútua no repasse e
programa implantado e avançado de parcerias no Estado, o que impediu
transposição de fato, a qual ocorreria em meados de Abril? Ambiguamente o
motivo assusta e protege. A condição solicitada pelo Estado de Minas em receber
a CBTU é a prévia demissão de todos os empregados, pois a Metrominas não quer
herdar o quadro, nem a folha fora dos padrões da Companhia, muito menos o
passivo trabalhista exorbitante. Após a demissão e pagamento devido da rescisão
pelo Governo Federal, os empregados de menor salário seriam (sempre após
condicional) contratados pela empresa que assumir a administração do sistema,
tornando-o mais eficaz na obtenção do baixo custo procurado por uma empresa
privada. Também seriam contratados os técnicos especializados em tecnologia
metroferroviária indispensáveis ao funcionamento do sistema, sempre sob novos
contratos e na sua maioria a salários menores. Este quadro gera duas
preocupações: primeiramente a nefasta perda de empregos, rechaçada por
empregados “antigos” e “novatos”, estes por si só em ver interrompida relação
de trabalho, aqueles por correr risco de rebaixamento de receita próximo à
aposentadoria, visto que a descentralização prevista na lei 8693/93 desvincula
a nova empresa, estadual ou privada, como subsidiária da RFFSA, levando à extinção do vínculo hoje existente (Valec ou CBTU)
com a Rede e consequentemente subtraindo direito à complementação da
aposentadoria para futuros aposentados. Os já aposentados se veriam vinculados
à tabela de uma empresa extinta,a CBTU, logo sem correções na tabela de referência
que se aproximem de índices razoáveis, vendo seus benefícios definharem ao
passar do tempo.
Conforme exposto acima cenário é
preocupante, mas, contraditoriamente, vem adiando o processo visto que o
Governo federal não quer arcar com o peso político da demissão de empregados
ligados à esfera federal em ano eleitoral, e percebeu a dupla intenção no
Governo Estadual tucano: enxugar a Companhia (este é o motivo óbvio) para
entrega à iniciativa privada, mas também impor perda política ao adversário
eleitoral, ora demissionário, petista.
Neste domingo (27), os diretores
Lenival Oliveira e Carlos Mota seguem para audiência pública na Assembléia
Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a sessão será às 14 horas do dia 28 de
abril. Verificaremos andamento do processo e projetaremos analogia à nossa
realidade. Adiantamos que estaremos contratando um dos maiores escritórios
especializados em Direito Constitucional em esfera Federal de Brasília para
preparar todo suporte jurídico à unidade de Recife em caso do processo de estadualização/PPP
voltar a tona para a unidade de Recife (Superintendência de Trens Urbanos do
Recife CBTU/STU-REC). Ainda no dia de hoje, 26 de abril, estivemos com
representantes da secretaria da Presidência da República para exercer pressão e
abrir mais um canal de diálogo e cobrança. Na próxima semana seremos
recebidos pelo Ministro Chefe da Secretária-Geral da Presidência da
República. Findamos afirmando que, à parte todo empenho político, da
articulação ao jurídico, a grande guarida da categoria vem da sua própria força
de mobilização, ou paralisação como queiram, sendo a união e a informação
vitais para o arrefecimento da nova verve privatista que nos atinge, por isso
não há quaisquer tipo de intenção terrorista aqui, apenas informação que leva à
preparação e prevenção para que o excesso de otimismo não nos leve à síndrome
de Poliana.*
Audiência
Pública:
http://www.almg.gov.br/acompanhe/noticias/arquivos/2014/04/25_release_comissao_assuntos_municipais_metro.html
http://www.almg.gov.br/acompanhe/noticias/arquivos/2014/04/25_release_comissao_assuntos_municipais_metro.html
*Poliana:
personagem criado por Eleanor H. Porter, que dá título ao livro de mesmo nome.
É um clássico da literatura infanto-juvenil. Poliana é uma menina que enxerga
tudo “cor de rosa”, sem maldades, sempre acreditando no melhor das pessoas e da
vida. Hoje em dia, usa-se a expressão “síndrome de Poliana” para falar de
alguém que se ilude.
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