30 de Abril
O ferroviário contribui para o
funcionamento do complexo sistema de transportes que é a rede de trens. O mais
famoso cargo, e o que mais rapidamente nos vem à cabeça, é o de maquinista - o
"motorista", que comanda o trem. Mas ainda há muitas pessoas importantes
envolvidas, e todas elas merecem nossa comemoração no dia de hoje.
Para começar, é preciso lembrar que o ferroviário pode atuar em
vários tipos de trens: urbanos, turísticos, de carga.
Como sistema de transporte de pessoas ou carga, os trens representam uma
opção mais barata, porém insuficientemente explorada no nosso país. Seu custo é
bem menor do que o rodoviário, pois os trens são movidos a diesel ou a
eletricidade.
HISTÓRIAS
DO TREM NO BRASIL
cBaroneza, a primira locomotiva a circular no Brasil
A
primeira estrada de ferro do Brasil foi a Estrada de Ferro Petrópolis,
inaugurada em 30 de abril de 1854. Era conhecida também como Estrada de Ferro
Mauá, já que foi construída graças ao patrocínio do Barão de Mauá na
empreitada: ligar a Praia da Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da Serra de
Petrópolis. Já a locomotiva, trazida da Inglaterra, era homenagem à esposa do
Barão de Mauá. Chamava-se "Baroneza" (com 'z' mesmo, por causa da
grafia antiga).
Trem-unidade ("litorina") Fiat da Estrada de Ferro Central do Brasil na estação da Luz. Foto: Centro Storico Fiat, in Mondo Ferroviario, Jan. 1991
Foi
criada ainda no mesmo século outra estrada de ferro, no Rio de Janeiro, tendo
em vista o desenvolvimento da região. Chamava-se Estrada de Ferro D. Pedro II,
mas mudou o nome para Estrada de Ferro Central do Brasil após a Proclamação da
República, em 1889. Sua principal função era integrar as áreas urbanas que não
paravam de crescer, devido à chegada de imigrantes, libertação dos escravos e
crise da lavoura canavieira. A Central do Brasil foi se estendendo e, com o
tempo, serviu também para ligar o subúrbio ao centro da cidade do Rio de
Janeiro.
A Estrada de Ferro do Corcovado, inaugurada em 1884, é mais um
exemplo de investimento no transporte da moda do século XIX. Esta via tão
antiga tem história: durante quatro anos consecutivos, transportou as peças do
Cristo Redentor; recebeu passageiros ilustres como Dom Pedro II (que inaugurou
a Estrada de Ferro), o secretário de Estado do Vaticano, Eugênio Pacelli (que
veio a ser o Papa Pio XVII), os ex-presidentes Getúlio Vargas e Epitácio Pessoa,
o Papa João Paulo II, o cientista Albert Einstein e a princesa Diana. Foi
conduzido até por Santos Dumont, freqüentador assíduo que sempre dava generosas
gorjetas.
O ferroviário, isto é, o trabalhador das
estradas de ferro, também tem o seu dia. É o 30 de abril. Por quê? Porque em 30
de abril de 1854 inaugurou-se a primeira linha ferroviária do Brasil, numa
viagem que contou com a ilustre presença do imperador dom Pedro 2º e
da imperatriz Tereza Cristina.
A Estrada de Ferro Petrópolis, que tinha cerca de 14km de trilhos, ligava o Rio
de Janeiro a Raiz da Serra, na direção da cidade que batizou a ferrovia. Ela
foi um empreendimento do empresário Irineu Evangelista de Sousa, que por isso
recebeu do governo imperial o título de barão de Mauá.
Hoje, pode não parecer, mas as estradas de ferro e seus trabalhadores já foram
muito importantes para o desenvolvimento de nosso país. A história do Brasil,
em diversos sentidos, caminhou sobre os trilhos dos trens, puxada pelas
locomotivas. Quer um exemplo surpreendente?
Os ingleses e
o futebol
As duas primeiras bolas de futebol trazidas para o
Brasil, que introduziu aqui esse esporte britânico, foram utilizadas numa
partida entre os funcionários da São Paulo Railway (= estrada de ferro) e os da
Companhia de Gás. Os ferroviários ganharam por 4 a 2.
Engenheiro critica “dilapidação” do transporte ferroviário no País
“É visível a dilapidação progressiva do sistema de transporte de cargas sobre trilhos, demonstrada pelo fechamento de 50% da malha, pelas condições de degradação da via permanente, pelo envelhecimento da frota de locomotivas, pelo estado deplorável de estações e oficinas abandonadas e pela redução do número de clientes.” Esta é a opinião do engenheiro civil Paulo Sidnei Ferraz, que tem mais de 33 anos dedicados ao sistema de transportes do Brasil e trabalhou na RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), de Curitiba, de 1997 a 2003.
Paulo Ferraz afirma que os números que vêm sendo apresentados pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e pela ANTF (Associação Nacional de Transportadores Ferroviários) não refletem a realidade do transporte nos trilhos no Brasil. “Essas entidades dizem que a participação do modal ferroviário na matriz de transporte atingiu 25%. Mas tanto os anuários estatísticos pela GEIPOT (Empresa Brasileira de Planejamento dos Transportes), como os relatórios da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) demonstram que houve uma redução do percentual da movimentação de cargas pelos trilhos da ordem de mais de 11%.”
A mudança na matriz de transporte do Brasil é destacada como uma das prioridades pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros). A ferrovia e a hidrovia, que consomem combustíveis baratos e abundantes e são ambientalmente muito mais limpas, deveriam prevalecer no transporte de carga, com participação de 40%, aponta o projeto “Cresce Brasil”.
Segunda, 12 de Março de 2012
Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo
Divulgação..
ResponderExcluir- Envio-lhes o endereço eletrônico da Associação dos Aposentados e pensionistas Ferroviários do Estado do Rio de Janeiro (AAPFCB-RJ)
http://www.aapfcb-rj.com.br
Agradeço acusar o recebimento.
Um afetuoso abraço dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro.
A LUTA DO TRABALHADOR É ETERNA!
Divulgação..
ResponderExcluir- Envio-lhes o endereço eletrônico da Associação dos Aposentados e pensionistas Ferroviários do Estado do Rio de Janeiro (AAPFCB-RJ)
http://www.aapfcb-rj.com.br
Agradeço acusar o recebimento.
Um afetuoso abraço dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro.
A LUTA DO TRABALHADOR É ETERNA!
O trem da primeira foto está na estação Brás, não na Luz. Até pq a Luz nada tem a ver com a Central do Brasil
ResponderExcluir^^
ResponderExcluirO Ramos do SSCBR acabou de confirmar, é a estação Engenho de Dentro no Rio de janeiro na foto da Litorina Fiat.
Trem-unidade ("litorina") Fiat da Estrada de Ferro Central do Brasil na estação da Luz. Foto: Centro Storico Fiat, in Mondo Ferroviario, Jan. 1991
ResponderExcluir"Errado essa foto é da estação de Engenho de Dentro no Rio de Janeiro".
Moha aapfcb-rj